domingo, 3 de julho de 2016

O conto de Aia - Margaret Atwood

Sabe quando você lê algo e tem a impressão de que o texto descreve o momento atual? Pois foi essa a impressão que tive ao ler "O conto de Aia", tudo nele parece atual e real, algo tangível.
A história se trata de uma distopia, assim como Jogos Vorazes, 1984 ou Admirável Mundo Novo, entre outros; sendo narrada pela personagem principal, sempre num tempo pscicológico. Se passa em alguma região entre o sul do Canadá e o norte do Estados Unidos da América, sob um governdo autoritário de transição, no qual há pouquissímos direitos, reservados apenas aos homens; mulheres servem apenas como esposas, cuidados com a casa e reprodução. De acordo com o poder do homem, ele pode ter três mulheres (uma para cada função) ou apenas uma (que desempenha todas as funções), elas são identificadas através da cor da roupa e seu nome é o sobrenome do homem ao qual pertendem, e somente as aias (responsáveis pela reprodução) podem sair diariamente de casa.
Ao ler o livro, acompanhamos as lembranças e pensamentos da narradora, o que nos faz transitar entre dois períodos distintos durante a transição e o atual, no qual ela se encontra surpreendente para nós, apesar de esperado. Já que construímos um sentimento de esperança...
O livro é assutador, e bastante  real,e mostra algo possível de se tornar realidade, na verdade, meio que chega a ser real hoje para algumas mulheres.
Oque só o torna mais assustador.