Acabada a minha “onda” de livros
clássicos nacionais – nada contra, só que... cansa, o amor “romântico” foi a
unanimidade nesses dias – iniciei a leitura da minha longa lista de fantasias
que me “seduziram” nesses últimos tempos, com “Roubo de Espadas” que me
arrebatou com a sua linda capa – foi o que chamou a minha atenção no primeiro
momento – e sua estória meio fora dos padrões – dois ladrões como protagonistas
e toda uma teoria da conspiração em um mundo prestes a mudar radicalmente seu
modelo político, e Deus sabe mais o que.
Hadrian Blackwater e Royce Melborn
são dois competentes ladrões que elevaram esse “oficio” a arte. Pelo que eu
entendi esse livro é composto por duas estórias, separadas por aproximadamente
dois anos, as duas se interligam, mas tratam de assuntos diferentes: a primeira
de um trabalho frustrado e de um episódio de conspiração – básico – e a segunda,
de uma jornada para ajudar uma desconhecida a matar um monstro, que aterroriza
o seu povoado – também tem uma conspiraçãozinha nesse, mas, poxa vida, como é complicada.
Você deve estar pensando que eu estou confundindo as estações, mas não, Royce é
mesmo um habilidoso ladrão, e Hadrian é um espadachim e tanto que não pensa
duas vezes em descolar uma grana, esse é o diferencial do livro, os dois principais
personagens não são perfeitos e muito menos bonzinhos, mas talvez seja isso que
um mundo em iminente mudança precise: duas pessoas que agem de acordo com seus
próprios interesses – se for seu interesse ajudar alguém, por que não? – e que
não se prendem a supostas “boas obras”, que sempre acabam se revelando um artifício
para alcançar outros objetivos.
O livro é de fácil leitura, e a
trama é envolvente, a diversidade de personagens e o pano de fundo histórico também
são muito interessantes, mas os diálogos afiados e bem humorados – um "humorzinho
negro" – conseguiram me impressionar e cativar.
Meu argumento pode estar errado –
ele é só um dos motivos de eu ter gostado dos dois ladrões – mas aposto que se você
ler esse livro vai achar um motivo para defender Royce e Hadrian, e é claro, o
livro.
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