sábado, 13 de setembro de 2014

Descanse em paz, meu amor... – Pedro Bandeira

O livro traz a história de seis amigos, haviam planejado uma aventura em uma montanha, com paisagens incríveis. Mas tudo aquilo deu errado e vinha se transformando em pesadelo a cada momento que passava. Ficaram ilhados no velho casarão que haviam alugado. Uma tempestade tremenda os assustava. De repente sumiu a luz e até mesmo a pequena televisão que tinham queimou com o raio.

Acenderam velas, a luz que conseguiram era fraca, mas pelo menos, um podia ver o rosto do outro. Um com mais medo que o outro. Para variar, a ponte fora destruída. O vento que entrava pelas frestas da casa volta e meia fazia a vela quase apagar. Na velha casa que estavam tinha um cemitério particular nos fundos. Fazia quase uma semana que estava chovendo sem parar. Todos haviam arrumado um lugar para se sentar quando de repente, a porta abriu, trazendo folhas molhadas, o frio e Alexandre, um rapaz bonito e disposto a animar aquele pessoal, como era típico dele ser alegre, deixando – o mais belo.

Começou a falar sem parar. Pediram-lhe que os deixassem em paz, mas o rapaz não entendeu e continuou a tentar animar a situação com que os amigos se encontravam. Os amigos vendo Alexandre ficaram ainda com mais medo. Ele queria saber porque tanto medo. Um dos amigos (Geraldo) disse que era do sobrenatural. Alexandre não se agüentava mais de tanto rir. Todos queriam que o amigo acreditasse em fantasmas, mas ele ria, cada vez que alguém lhe dizia sobre aquilo. O barulho da chuva no telhado não era mais gostoso como são todas as vezes. E até os trovões cessaram. Alexandre foi sentar-se ao lado da namorada Márcia. Tentou fazer-lhe um carinho, mas ela assustada saiu de perto e se abraçou a Débora. O rapaz ficou chateado com os amigos, pois para ele, eles que haviam colocado medo na amiga. Ninguém tinha vontade de fazer nada. Aliás como teriam. Precisavam convencer Alexandre de que realmente acontecem coisas sobrenaturais, mas estavam percebendo que seria muito difícil.

A de um homem que foi preso por assalto a mão armada que acabara de sair da cadeia. Passou a cometer novamente alguns crimes. Entre eles matou uma mulher de forma assustadora e cortou seu dedo para tirar-lhe o anel que parecia valioso. Com seu carro ganhou dinheiro. Enriqueceu. Certa noite conheceu uma mulher encantadora. E depois de muito tempo alguém que se interessou por ele. Com o carro levou a um lugar distante. Ao tirar a luva, a mulher revelou a falta de um dedo. O empresário morreu de susto. Alexandre estava se vendo obrigado a acreditar. Mas não cedia. Foi a vez de Ludmila contar sua história. A de um chefe de expedição. Procurava uma tumba. Buscava incessantemente encontrar. Até que ficou trancado tentando desvendar o segredo.Decidiram que cada um contaria uma história, que soubessem. Geraldo foi o primeiro. Contou a história de uma noite de chuva e trovões. O vulto de uma menina de repente apareceu na estrada pedindo socorro para sua mãe. Rebouças, o Dr, foi ajudar e ao chegar no local do acidente, percebeu que na realidade a criança estava morta e a mãe mesmo muito ferida se salvara. Alexandre achou a história ridícula e tentou se aproximar novamente de Márcia. Quando ela estava quase cedendo seu beijo a ele, Sílvio falou em voz alta interrompendo. Depois de mais alguns minutos Ludmila passou a contar sua história. Dizia sobre um casal que convidou dois amigos e fizeram em uma noite de chuva uma brincadeira que entrava em contato com o sobrenatural, acabaram recebendo o pedido de socorro de uma menina que havia morrido naquele momento. Alexandre continua tentando achar desculpas para as histórias. Querendo não acreditar. Débora então passou a contar sua história.

E desvendou. Ficou preso à eternidade julgando ter encontrado o amor de sua vida: uma múmia (Amah-thep). Encontraram seu cadáver nu abraçado a ela. A história de Márcia não precisava ser contada, pois estava acontecendo. Alexandre se aproximou da namorada e os dois se beijaram. Ludmila passou a tremer de pavou e gritou: Márcia. Ela voltou a realidade e começou a chorar. Os amigos tentando fazer Alexandre acreditar que coisas estranhas e sobrenaturais estavam acontecendo chamaram o amigo para ir até o cemitério nos fundos da casa. Ele aceitou. Lá tiraram de um túmulo uma lona e mostraram a Alexandre que ele estava lá. Morto há três dias depois de cair durante a escalada. Márcia disse para aquele garoto que ela amava que ele poderia descansar em paz e que ela o amava, mas ficaria bem. O vento passou e agora os amigos eram só seis.

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