Segundo volume da saga que assim como Instrumentos Mortais
se passa em um universo de Nephelins em constante conflito com outras raças do
submundo, Príncipe Mecânico é um livro divertido, não tão conclusivo quanto eu
esperava ser – eu presumi que ele tivesse uma conclusão para a estória que se
passa nele, ou algumas descobertas mais importantes ou expressivas – mas mesmo
assim se revela um bom entretenimento.
Will Herondale continua sendo o garoto dos olhos de... todos
(?), e nesse volume conhecemos um pouco mais sobre ele e os motivos que o levam
a agir como um babaca (quase sempre); Tessa
continua no Instituto de Londres e agora ajuda Charlotte a manter o
mesmo, devido aos acontecimentos do livro anterior a sua liderança e a do seu
marido (coloquei Henry no meio da estória mas a verdade é que quem manda ali é
Charlotte, e ainda bem) são questionadas; Jem ainda é o garoto perfeito e ainda
luta por sua vida e pelo coraçãozinho de Tessa. Esse é o resumo do livro, o
certo é que apesar de a disputa pela liderança pelo instituto de Londres e
algumas outras revelações da vida de Will serem até que interessantes, eu sinto
que Clare da um pouco mais de prioridade a parte romântica da estória, não sei
se porque presume-se que quem leia Peças Infernais já tenha lido Instrumentos
Mortais e por isso já conheça o universo de ambas as sagas, mas o fato é que
falta o desenvolvimento mais detalhado dessa parte mais séria ou técnica do
livro, como a história do Nephelins, ou o desenvolvimento de alguns outros
personagens mais “antigos” no instituto, na verdade eu acho a “mitologia” e o
desenvolvimento do universo da estória bem pobre. O que vemos neste livro e no
anterior é um romance com fundo fantástico e não uma saga fantástica com
romance – parece confuso, mas creio que leitores assíduos de fantástica saberão
do que eu estou falando.
Em momento algum eu achei o livro exatamente ruim, ele só é
um pouco diferente do que eu esperava e do que eu estou acostumada. Tessa, Will
e Jem são uns fofos, mas é meio frustrante a pouca quantidade de informações
sobre o universo, e a falta de uma trama mais ampla, com mais núcleos, deixa o
livro um tanto repetitivo e às vezes cansativo. É uma leitura bem leve, bem com
“UM foco”, não existe confusão devido a personagens, enfim, é bem simples.
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