Primeiro livro de uma das trilogias – de 4 livros, até agora,
sendo o 4° escrito por David Lagercrantz – mais elogiadas dos últimos tempos –
não tão últimos, mas ainda me lembro de todos os elogios dispensados a ela a
alguns anos atrás, e ela continua sendo uma série “respeitável” – Stieg Larsson
traz uma trama inteligente e sagaz sobre o submundo das respeitáveis
publicações e das famílias poderosas, como diria Tolstói “Todas as famílias
felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira” .
Mikael é um renomado jornalista, de uma das publicações
independentes da Suécia, a Millennium, que acabou saindo meio “queimado” de um
escândalo político – olha a literatura ensinando como é importante ter certeza
de suas fontes – que acaba sendo contratado para investigar o sumiço de Harriet
Vanger – sobrinha de um dos homens mais ricos da Suécia – em troca de
informações sobre o homem que arruinou sua carreira. Depois de revirar o
passado de todos os Vanger e ainda de repassar todos os fatos ocorridos no dia
do desaparecimento varias vezes, Mikael ainda se encontra em um beco até saída,
até que Lisbeth, uma garota estranha que tem um talento e tanto para descobrir
coisas entra na estória, depois disso, as coisas com certeza ganham velocidade.
Eu preciso dizer que minha expectativa em torno desse livro
e dessa série era grande, e devo admitir que ela foi superada, Lisbeth não é um
componente simples de mais um suspense, ela é muito mais do que isso, e a
estória contada é muito mais do que um a “historinha pra boi dormir”, durante
as paginas Larsson realmente consegue nos transportar para uma Suécia que apesar
de toda sua áurea glamorosa – leia-se europeia, inatingível e berço de grandes
multinacionais, que colocam entre outras coisas, a honestidade como base para
suas respectivas existências –, civilizada e bela também
esconde um lado bem podre do que tem de pior por ai. Além de Lisbeth que com
certeza já se tornou uma das minhas personagens femininas favoritas – e olha,
ela ganha posições no meu coração a cada livro – Mikael faz um par perfeito – e
totalmente diferente – com Lisbeth, ele praticamente é um contraponto de
Lisbeth, porém ambos se completam perfeitamente para desempenhar seus serviços
da melhor forma possível.
A tentação de dar spoilers é imensa, porém não vou falar
mais detalhes do livro – lembrando que já existem duas adaptações para as
telinhas do primeiro livro da série – só completando, é um livro que vale a
pena, que é totalmente envolvente e que mais uma vez é melhor do que o filme –
pelo menos, melhor do que a versão de 2011.
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