Após fugir de sua família, que a considerava um bibelô
delicado com a única finalidade de ser casado, e de ainda passar uma boa – não
tão boa – temporada de caça a ossos de dinossauros, Abigail Rook desembarca no
Novo Mundo – na cidade fictícia de New Fiddleham – a procura de uma nova vida e
de aventuras de verdade, e ela consegue tudo isso e muito mais ao cruzar o
caminho do excêntrico Jackaby.
Eu admito que apesar de ter resolvido o mistério do livro,
acho que nas 70 primeiras paginas, foi uma leitura bem divertida, é como eu
sempre penso “mesmo que você saiba qual o final da estória, o principal é o
caminho que levou até ele”, e nesse caso, o caminho é repleto de seres mágicos
e personagens engraçados e peculiares – nunca tinha me deparado com um Douglas
–, é engraçado como a ficção nos leva a pensarmos sobre os próprios aspectos da
vida, e mesmo sendo o primeiro livro de William Ritter ele te faz ter esses
lampejos de reflexão durante a leitura, como muitos escritores bons – outros
excelentes – costumam fazer. A estória é bem construída, e tem elementos
interessantes, não sei se algumas “coisas” foram criadas ou pesquisadas, mas
tudo parece bem coerente – considerando-se a presença de magia, gnomos e do
sobrenatural.
Abigail – uma moça do século 19 querendo viver segundo suas
regras e aos seus desejos, claro que não poderia ser mais simpática – e Jackaby
– é aquela formula antiga de pessoa esquisita, inteligente, engraçada,
incompreendida e meio desapegada de preconceitos da época – são muito
divertidos e carismáticos, alguns outros personagens também merecem atenção,
apesar de terem um pouco menos de destaque, como Charlie e Hatun, que deixam
suas “assinaturas” na estória.
O livro todo se passa como um diário de Abigail, talvez por
isso eu tenha achado o “modus operandi” de escrita de Ritter um pouco
diferente, mas tirando essa minha “estranheza” inicial a leitura foi ótima.
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