Meu primeiro livro de Neil Gaiman, Stardust foi uma escolha
especial: eu adorei o filme, e queria realmente começar por esse livro.
O livro tem o enredo do filme, mas bem diferente. Uma
promessa, uma estrela caída e uma viajem são o que acontecem, mas por um
caminho diferente, no livro as relações e os acontecimentos são mais simples e
corriqueiros – não é corriqueiro conseguir carona com um unicórnio, mas o modo
como tudo acontece é muito “natural – talvez isso tenha feito com que eu lesse
com mais rapidez, fiquei esperando algo mágico e extraordinário acontecer no
livro, uma cena de tamanha beleza que compensasse tudo que era diferente do
filme – e que eu tinha amado – e que não aconteceu. Na verdade, eu não achei o
livro ruim, de maneira alguma, mas talvez eu tivesse uma sede de algo que o
filme me mostrou e que não estava tão presente no livro de Gaiman. A estória
continua muito bonita, e os acontecimento mágicos são muito legais, e o
principal da estória esta la, mas no fim a bruxa má não era tão má, e o final
feliz nem foi tão feliz assim, talvez tenha sido um choque de realidade em um
mundo de criaturas fantásticas, eu esperava um estória com preto e branco, com
limites claros e definidos, mas isso não aconteceu, porque talvez nem no nosso
dia a dia seja assim.
No fim do livro eu fiquei meio triste, talvez a bruxa esteja
certa: “Naquela hora, você deveria ter deixado que eu o tomasse [o coração],
que o levasse para minhas irmãs e para mim. Nós poderíamos ter voltado à
juventude, e ela duraria até a próxima Era do Mundo. Esse seu rapaz vai
parti-lo, desperdiça-lo, ou perde-lo. É o que todos eles fazem.”, e é o que
sempre acontece.
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