Ah, o romantismo. Quem não gosta de um
romance?? Tenho de admitir que gosto bastante do ultrarromantismo
brasileiro, afinal mistura três coisas que me atraem: amor, erotismo
e morte (Livros, filmes, séries ou qualquer coisa que envolva estes
três temas são fortes candidatos a me conquistarem.).
O escolhido de hoje é “Noite na
taverna” de Álvares de Azevedo, o livros é mais uma coletânea de
histórias/contos. No começo do livro se passa numa taverna, onde um
grupo de viajantes estão bebem e contam histórias pelas quais
passaram.
São sete capítulos, o primeiro é
introdutório e os seguintes são dedicados a cada um dos viajantes
reunidos e o último finaliza o livro, dando um tom de realidade as
histórias. As histórias giram em torno de amor, da morte e bebida
(como forma de amenizar o sofrimento causado pelo amor).
É preferível morrer por amor que viver sem ele.
A noite é simbólica e reflete a melancolia interior dos personagens, sendo a taverna o ambiente perfeito para que temores e desejos de cada personagem dominem a atmosfera. Surgindo, assim, as imagens de violência e delírios relacionados à morte: "No aperto daquele abraço havia contudo alguma coisa de horrível. O leito de lájea onde eu passara uma hora de embriaguez me resfriava. Pude a custo soltar-me daquele aperto do peito dela... Nesse instante ela acordou... Nunca ouviste falar de catalepsia? É um pesadelo horrível aquele que gira ao acordado que emparedam num sepulcro; sonho gelado em que sentem-se os membros tolhidos, e as faces banhadas de lágrimas alheias, sem poder revelar a vida!" (Solfieri).
O texto está bem curto, mas é interessante ler por ser uma obra do romantismo nacional, para quem está acostumado a livros complexos talvez não goste muito, pois apesar da linguagem e do lirismo ele é de simples leitura. Mas serve como introdução ao mundo romantismo, aquele que sofrer por amor é algo extremamente valorizado.
obs: Clicando na citação, você vai para a página de download do livro.
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