sábado, 13 de julho de 2013

Grande Sertão: Veredas – João Guimarães Rosa


Clássico da literatura nacional, “Grande Sertão: Veredas” é um livro que surpreende, ora por seus questionamentos, verdadeiramente filosóficos, ora por ser uma aventura que chega a tocar a fantasia.
Literatura brasileira ainda é um “bicho estranho” para a maioria das pessoas, principalmente a clássica, ao invés de tentarmos descobrir os grandes livros do nosso país, ficamos presos a conceitos e listas internacionais. “Grande Sertão: Veredas” não é um livro de leitura muito fácil: é difícil “pegar” ele, mas quando pegamos o ritmo, é possível se maravilhar com uma estória cheia de significados, grandes vilões e heróis, que tinha tudo para acontecer em terras de além-mar ou em lugares fantásticos, mas que foi desenvolvida e pensada aqui, em puro solo brasileiro. Nela temos Riobaldo, jagunço valente, bom de tiro, que se encontra com o amor e com o ódio em uma perseguição por vingança. O livro podia ser só isso, mas é muito mais, a cultura, e os costumes do povo, são mostrados e revirados, os pensamentos e medos de Riobaldo são explicados, “reexplicados”, esmiuçados, suas duvidas se tornam nossas duvidas. O livro é todo contado por Riobaldo, que teria uma pergunta a fazer no final dela para o seu ouvinte, a pergunta não é feita, mas ao recontar a história muito é descoberto, e acho que não restam duvidas em torno de qualquer questão.

Tenham paciência no começo e o fim os recompensará, o livro esta repleto de personagens “exóticos” e estórias bem interessantes.

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