Esse livro realmente despertou a
minha curiosidade, mas não pelos motivos comuns. Normalmente nos interessamos
por livros dos quais lemos ou ouvimos bem, esse foi o contrario, em todos os
lugares que eu procurei, as pessoas diziam a mesma coisa: “O primeiro é parado,
o segundo é melhor”.
Mas é claro, que esse não é o
jeito correto de começar a falar desse livro.
Quando Mandred, após ver seus
amigos serem mortos por uma criatura monstruosa, foge para um lugar misterioso
e lá desmaia, não poderia imaginar que acordaria em um mundo diferente do seu e
que lá seria convocado para a lendária Caçada dos Elfos. O tempo em que ocorre
esse “inicio” de estória é um pouco longo, acho que mais de 150 paginas, e
existem diversas “voltas” até chegar a verdadeira Caçada dos Elfos. Apesar da
demora em realmente “começar” a estória, não foi isso que me deixou um pouco
decepcionada – até por que, em comparação com o segundo, pra mim o primeiro é
melhor – mas sim, a ausência de certa complexidade: tem um plano mirabolante no
fundo, existe até uma explicação de como funciona o “universo” deles, mas tudo
é muito vago e raso, é um livro muito simples.
Eu não sei se estou falando uma
coisa errada, mas esse já é o segundo livro de fantasia alemã que me deixou com
essa mesma impressão, Märchenmond também parece um pouco superficial e “abrupto”,
ambos falham nos detalhes e explicações, um mais que o outro, mas mesmo assim
falham – acho que A Caçada dos Elfos é
de Bom para Muito Bom, já Märchenmond é de Regular para Bom. Existem coisas
legais nele, mas é tudo tão rápido que não da muita margem para interpretação
ou imaginação, os personagens também são extremos, uns são muito corretos e outros
fanfarrões, não existe uma “média” simpática.
É uma leitura rápida, e até
divertida em alguns pontos, não foi totalmente satisfatória para mim, mas foi
muito melhor do que disseram que seria.
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