Cobrindo um período menos prospero da história da
Inglaterra, Jean Plaidy nos leva a acompanhar Eduardo II e sua mulher, Isabela
da França, que apesar de terem tudo para fazer com que seu reinado fosse mais
prospero do que o anterior – o reinado
de Eduardo II, o “Pernas Longas” ou o “ Martelo dos Escoceses” – na verdade
acabam por deixar o país em uma situação pior e menos estável.
Eduardo II já dava mostras de não ser exatamente o filho que
Eduardo I pediu a Deus já no livro anterior, e seu primeiro ato, logo após seu
pai ter morrido, foi trazer o seu querido “amigo” Perrot de volta a corte, após
isso as coisas só se tornam cada vez mais obvias, e a total inépcia de Eduardo
II fica clara em poucas paginas. Além dos problemas de impopularidade de
Eduardo II ele ainda comete o erro de enfurecer sua jovem e belíssima esposa,
Isabela – filha de Filipe o Belo – que além de ser extremamente popular junto
ao povo esconde por um bom tempo o ódio que sente por um marido que despreza
sua companhia para ficar com seus “favoritos”. Durante o livro são dadas
infinitas amostras de como não agir com súditos, e como se perder batalhas –
consideradas não tão difíceis – o fato é que Eduardo II passa o livro inteiro
mias preocupado em agradar seus amantes do que realmente governar, o que torna
seu período no trono da Inglaterra um período não tão glorioso.
Apesar de escrever um livro sobre Eduardo II, Plaidy parece
focar muito mais na rainha da Inglaterra, Isabela, que faz uso de todos os
“genes” puxados de seu pai – Filipe, que era famoso por ser maquinador e
vingativo, e estava no centro de vários escândalos envolvendo a igreja –
guardando para si durante muito tempo o ódio e nojo que sentia por um marido
que a desprezou, e posteriormente armando contra ele, lembrando um pouco outra
rainha, um das minhas favoritas, Eleanor da Aquitânia.
Enfim, o livro continua com a qualidade alcançada pelos
volumes anteriores, talvez o que tenha me chateado um pouco sejam todas as
qualidades – ou as não qualidades – de Eduardo II, tenho “gastura” a
administrações falhas, tirando isso o livro tem todos os ingredientes e
aspectos que marcam o incrível texto de Plaidy.
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